A ilusão representativa
DOI:
https://doi.org/10.46818/pge.v5i1.286Palavras-chave:
Democracia representativa, Povo, EncarnaçãoResumo
Trata-se de um estudo crítico sobre a democracia representativa, por meio do qual se atribuem vícios antidemocráticos ao modelo liberal e, portanto, indireto de representação da vontade popular, dos quais se destaca o processo de desapossamento volitivo operado pelo agente eleito em desfavor de seus eleitores. Contrapõe-se a noção formal de representação (ideia de instrumento técnico, veiculada pelo termo Vertretung) à sua dimensão substantiva (ideia de encarnação, veiculada pelo termo Repräsentation). Tendo como pano de fundo teórico a concepção substancialista de Rousseau, o artigo desafia o modelo representativo e o acusa de ser um expediente procedimental voltado apenas a escamotear uma apropriação real de poder, a qual se opera a partir de um ato de fé, um credo de aspiração democrática, uma ilusão incutida nos eleitores pelo sistema.
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